1º passo para aulas de programação em escolas brasileiras está sendo dado em Recife. |
Segundo um estudo recente, realizado por um grupo de alunos do curso de Sistemas da Informação, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), matérias relacionadas à programação são a principal causa de reprovação e evasão escolar nos cursos de Sistemas da Informação, Ciência e Engenharia da Computação, Licenciatura em Computação e áreas correlatas.
A fim de reverter essa situação, foi lançado o projeto Pernambucoders, que é uma parceria da Secretaria de Educação de Pernambuco, Softex, Universidade Federal Rural de Pernambuco e do Porto Digital junto com o CESAR. A iniciativa vai levar aulas de programação para os alunos do ensino fundamental e médio de algumas escolas do Recife.
O objetivo principal é fazer com que os alunos da rede estadual possam aprender conteúdos de programação desde cedo, melhorando a qualidade dos profissionais da área de TI, bem como o aumentando a quantidade de candidatos aos cursos de computação.
Os monitores do projeto serão alunos dos cursos de Bacharelado em Sistemas da Informação, Licenciatura em Computação e Bacharelado em Ciência da Computação da UFRPE, que foram treinados para esse fim.
O método de ensino utilizado será uma rede mundial de clubes de programação para crianças, que fará com que elas despertem o interesse para a área, estimulará o raciocínio lógico, concentração, criatividade, capacidade de resolução de problemas, comunicação e trabalho em equipe, além de aumentar o desempenho nas matérias do ensino regular.
Ao final do projeto, que terá duração de dois anos, uma estratégia será proposta para que a Secretaria de Educação do Estado absorva a iniciativa e ela seja introduzida de maneira definitiva na rede pública de ensino.
Além disso, na sede do Movimento Pró-Criança, entidade sem fins lucrativos ligada à Arquidiocese de Olinda e Recife, a coordenação pedagógica e a equipe do voluntariado estão criando um site simples, usando HTML5, CSS3, Bootstrap e JavaScript para que os adolescentes tenham um primeiro contato com linguagens computacionais.
A meta é que essas iniciativas ganhem força, e mais investimentos, não só no estado de Pernambuco, mas em todo o Brasil, como acontece em outros países que já implantaram a disciplina de programação, como Inglaterra e Estados Unidos.