terça-feira, 12 de julho de 2016

Ajuste fiscal extinguiu 52 mil postos de trabalho de TI em 12 meses.

Ajuste fiscal extinguiu 52 mil postos de trabalho de TI em 12 meses.
Ajuste fiscal extinguiu 52 mil postos de trabalho de TI em 12 meses.
Se com a desoneração da folha de pagamento - concedida pelo governo Dilma Rousseff em 2011 - foram criados 81 mil postos de trabalhos legalizados no setor de TI nos últimos quatro anos, em menos de 12 meses, com o fim do benefício por conta do ajuste fiscal, 52 mil postos de trabalho já foram extintos, revelou o presidente da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo, ao participar de debate sobre política pública para TI no Rio Info 2016, realizado de 04 a 06 de julho, no Rio de Janeiro.

"Desconstruiu-se o que foi feito em quatro anos em menos de 12 meses e ainda prejudica a entrada do Brasil no processo de transformação digital, uma vez que os benefícios voltados à inclusão digital também foram retirados (na verdade eles estão mantidos por uma liminar judicial obtida pela Abinee, mas ainda sem uma decisão definitiva)", lamentou o executivo. E a possibilidade efetiva de o Governo interino aumentar a alíquota de PIS/Cofins assusta.

"Se o PIS/Cofins aumentar a alíquota, o impacto na receita de TIC, segundo os estudos da Brasscom vão variar de 4% a 9%. Será desastroso em mais um show de horrores. TIC tem que ser prioridade nacional e não está sendo", pontuou ainda Sergio Paulo Gallindo. A unificação do PIS/Cofins numa única alíquota atingiria o setor, uma vez que serviços e software não há insumos de produção e haveria uma desigualdade enorme para quem usa mão de obra intensiva. 

O presidente do conselho da Associação Brasileira de Software (ABES), Jorge Sukarie, advertiu: as contratações ilegais, que tinham ficado de lado com a desoneração da folha de pagamento, estão de volta ao mercado. "Isso é que o mais nos preocupa. Até conseguimos uma interlocução maior entre as entidades do setor, apesar das demandas diferentes. Houve uma união maior, mas precisamos trabalhar para impedir a volta do mercado informal. Ele não é bom para ninguém", completou.

De acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), se colocada em prática, a reforma do PIS/Cofins - que prevê o fim do regime cumulativo, que incide sobre todas as etapas da produção e tem alíquota total de 3,65% - pelo menos dois milhões de postos de trabalhos serão perdidos no setor de Serviços.    





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