terça-feira, 21 de junho de 2016

Aluno de Ciência da Computação da USP cria sistema para avaliar ‘humor’ de posts no Instagram.

Gabriel Giancristofaro, estudante do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP. (Foto: Arquivo Pessoal/Gabriel Giancristofaro)
Gabriel Giancristofaro, estudante do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP. (Foto: Arquivo Pessoal/Gabriel Giancristofaro)
A satisfação de um serviço oferecido por um órgão público pode ter nas redes sociais seu termômetro. Só que a contagem de “curtidas”, tuítes e citações pode ser um obstáculo. Para resolver o problema de escala, um estudante brasileiro criou um sistema para avaliar automaticamente o humor de publicações no Instagram, o aplicativo de fotos do Facebook.

O aluno de ciência da computação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Universidade de São Paulo (USP), Gabriel Giancristofaro, de 21 anos, criou um algoritmo para mensurar se a publicação na rede social de fotos cita determinado serviço público de forma positiva ou negativa.

"A gente não sabe se é alegria, surpresa ou um medo, a gente sabe se a valência emocional da pessoa é positiva ou negativa", explica.

A série de comandos computacionais foi criada a partir da combinação do kit de desenvolvimento do próprio Instagram e da tecnologia de reconhecimento facial da Microsoft – os serviços cognitivos estão por trás, por exemplo, dos sites que usam fotos para identificar a idade das pessoas ou a chance de duas pessoas serem gêmeas. Enquanto a primeira ferramenta abastece o algoritmo com informações sobre o texto da postagem, a segunda fornece dados sobre a imagem.

Com isso, é possível saber quantas palavras há na sentença, se há termos ofensivos, assim como elogios, se há palavras com letras repetidas muitas vezes ou ainda com maiúsculas. Isso, aliado ao conteúdo, ajuda a classificar o tom da mensagem.

As publicações analisadas são todas aquelas que possuem uma determinada hashtag pré-selecionada.

Giancristofaro começou a desenvolver esse sistema como trabalho de iniciação científica que virou seu trabalho de conclusão de curso. Para aprimorá-lo, ele conseguiu uma bolsa para ir estudar na Universidade Politécnica do Estado da Califórnia durante o primeiro semestre deste ano.

Durante a passagem pela instituição norte-americana, o estudante ganhou o prêmio anual para o melhor projeto de alunos de graduação dos cursos de computação. Além de desenvolver sua própria tecnologia, Giancristofaro ajudou a pesquisa de uma professora da universidade. Ao lado de uma aluna, ela tentativa quantificar qual a impressão das pessoas a respeito do Departamento de trânsito da Califórnia. “Elas já faziam estudos antes, mas manualmente”, diz ele, explicando que as acadêmicas coletavam, classificavam e contabilizavam no Excel postagem por postagem.

O próximo passo, conta Giancristofaro, é fazer com que seu algoritmo consiga extrair mais informações de uma imagem. Além de avaliar o posicionamento de um post, o projeto tem potencial, diz, de identificar os sentimentos dos autores da publicação. “Se você une esse projeto a reconhecimento facial, de reconhecimento de emoções pela face, você consegue determinar o estado emocional do usuário”, diz.




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