Equipe da UFAL chega pela primeira vez na final brasileira. |
Uma equipe formada por alunos do curso
de Ciência da Computação da Universidade Federal de Alagoas foi uma das classificadas para a etapa nacional que dá direito a participar da mais
importante competição para estudantes da área de programação. É a primeira vez que
representantes da Ufal chegam nessa fase da Maratona de Programação,
depois de disputar uma eliminatória em Aracaju, no dia 12 de setembro. Os alunos Alfredo Lima, Romário
Pantaleão e Janderson Angelo de Lima formaram a equipe Moriartys, sob o
comando do professor Rodrigo Paes, que conta que precisou realizar
algumas aulas e simulados para treinar os participantes da competição
mundial chamada International Collegiate Programming Contest (ICPC).
O professor explica que para conseguir uma vaga na etapa regional com
competidores de toda a América Latina, a Sociedade Brasileira de
Computação realiza uma Maratona que serve como seletiva da ICPC. A equipe da Ufal conseguiu, pela
primeira vez, chegar até a eliminatória nacional que vai acontecer nos
dias 13 e 14 de novembro, em São Paulo. A Moriatys ficou entre as 62
melhores equipes do país, depois de uma disputa com mais de 600 times de
209 instituições do Brasil. “A Maratona de Programação explora a
capacidade de resolução de problemas complexos em assuntos centrais da
computação, tais como grafos, programação dinâmica e geometria
computacional. Portanto, esse resultado demonstra a competitividade dos
nossos alunos em um cenário nacional. Além disso, com certeza, teremos
um efeito multiplicador dessa ação com os outros alunos do curso,
estimulando a participação de um número cada vez maior de equipes da
Ufal”, destacou o professor e técnico da equipe, Rodrigo Paes.
Competição mundial
Das 62 equipes brasileiras, cinco conseguirão vagas para disputar o International Collegiate Programming Contest em
sua etapa regional, da América Latina. No ano de 2014, quase 40 mil
estudantes de cerca de 2.530 escolas de mais de 100 países competiram em
regionais em todo o planeta e, apenas pouco mais de 120 (cerca de 1%)
participaram das finais mundiais do evento, em Marrakech, Marrocos.
Os competidores enfrentam a
complexidade das questões para resolver, abrangendo conteúdos de quase
todo o curso de graduação e ainda tem a tensão do tempo disponível para a
resolução dos problemas. São cinco horas com penalidades de 20 minutos
para cada questão enviada errada. Este ano, a Ufal já comemora o fato
inédito da classificação para a final nacional e espera um bom
desempenho dos alunos. “Em um cenário de classificação para o mundial,
os alunos passam a ser disputados pelas gigantes de tecnologia, tais
como Google e Facebook. Todos nós do Instituto de Computação estamos
muito orgulhosos do resultado e continuaremos trabalhando para atingir
resultados ainda melhores”, comentou Paes.