Empresas de TI no Brasil são as mais maduras e as que mais contratam na América Latina.

Confira a pesquisas sobre as empresas de TI.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional), as empresas brasileiras de TI são mais maduras e estabelecidas quando comparadas com organizações de outros 18 países da Amércia Latina, além de terem contratado mais mais nos últimos 12 meses que qualquer outro país da AL. 

Concluída no fim de 2014, a pesquisa utilizou, ao todo, dados de 814 empresas, gerando uma base de dados com mais de 80 mil respostas. As companhias brasileiras correspondem a 53% do total. Colômbia, Argentina, Equador e Paraguai completam os cinco principais países do levantamento.

Segundo a análise, cerca de 90% das empresas brasileiras realizaram contratações nos últimos 12 meses, com uma média de 33 pessoas por companhia. Esse índice foi superior ao da América Latina (85% das companhias realizaram contratações, cada uma com cerca de 30 funcionários). O número de saídas dessas empresas também foi alto. De acordo com os dados, o número de desligamentos no Brasil foi, em média, de 31 pessoas, contra 21 das outras nações juntas. “Não foi um ano fácil para o setor de TI. O calendário apertado por conta da Copa do Mundo e Eleições aliado às questões econômicas e políticas seguraram parte do crescimento das empresas”, comenta Luis Mario Luchetta, presidente da Assespro Nacional.

Além do número de contratações e demissões, o estudo também apontou a idade das empresas de TI no Brasil. Segundo ele, mais da metade das empresas nacionais desse setor têm entre 14 e 28 anos de existência. Das pesquisadas, só 39% nasceram no século 21.  Segundo a pesquisa da Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, empresas do Brasil continuam a priorizar o consumo interno (83% delas não realizam qualquer tipo de exportação). No entanto, no restante da América Latina, mais da metade das empresas realizam negociações com companhias estrangeiras.

No quesito pesquisa e desenvolvimento, o estudo mostrou que o setor de tecnologia de informação investiu pouco. Na média, uma em cada cinco empresas do Brasil não está realizando nenhum investimento na área. No entanto, dentre as que realizam, o investimento maior fica por conta das aplicações de sistemas de informação, com 38%, seguido pela criação e gerenciamento de softwares, com 29,3%, e sistemas de informação em World Wide Web, com 25,6%.