terça-feira, 30 de setembro de 2014

Carreiras de TI: Desenvolvedor de Aplicativos Móveis.

Smartphones e tablets invadiram as vidas pessoal e profissional e tornaram-se o vício do século. O uso desses dispositivos impulsionou a criação de lojas de aplicativos que oferecem de jogos a soluções corporativas. Somente para aparelhos que rodam Android e iOS são milhões de produtos disponíveis. E essa marca tende a aumentar.


O mercado de pequenas polegadas está fazendo uma carreira emergente decolar: a de desenvolvedor de aplicativos móveis. Esse profissional está em alta em razão do aumento acelerado da base de celulares e deverá e foi um dos mais requisitados em 2013.


Somente no primeiro trimestre de 2012, nos Estados Unidos, o site de carreiras Elance.com registrou salto de 52% no número de vagas para desenvolvedores móveis. Oportunidades na área estão crescendo duas vezes mais rápido do que o mercado global de trabalho.


A tendência está abrindo portas também no Brasil e a temporada de caça por pessoas no setor já começou. “Empresas querem talentos com forte conhecimento técnico e habilidade para pensar na tecnologia em linha com a demanda”, afirma Jairo Okret, sócio-sênior da Korn/Ferry, provedora global de soluções para a gestão de talentos.


Mas o desafio por aqui é encontrar esses profissionais. O que é preciso para ingressar nesse universo? Como o assunto é novo, muitas organizações apostam na capacitação dentro de casa, ou incentivam o auto-desenvolvimento.


A Resource IT Solutions, especialista em soluções para TI, conta com mais de cem desenvolvedores, sendo que 15% trabalham com a criação de aplicativos móveis. À frente desse time está André Nascimento, gerente-executivo de Operações, responsável pela área de Delivery de Projetos e Desenvolvimento de Sistemas da Resource. Segundo ele, para ser um desenvolvedor móvel de sucesso é preciso, em primeiro lugar, ter um bom raciocínio lógico, boa formação técnica e entender a evolução tecnológica das plataformas. Também é necessário ficar de olho no lançamento de aparelhos. 

O executivo percebe que os jovens desenvolvedores tentam entender um pouco de cada linguagem de programação, como C++, Java, .NET e HTML5, e pecam por não dominar nenhuma. “Conheça todas, mas foque em uma”, ensina. “Embora existam muitas soluções, ele tem de saber o conceito, o que é orientação a objetos, padrões, engenharia de software etc”, detalha. “Há muito material na internet que pode ajudar nessa tarefa”, completa.


Na Resource, a estratégia adotada foi buscar os melhores profissionais internamente e incentivá-los a ler sobre o tema, participar de eventos e cursos. Nesse segmento, é preciso aprender sozinho, diz. “É uma área dinâmica e todos estão no mesmo momento de busca de conhecimento.”


“Não adianta ficar sentado. Tem de ser antenado, multidisciplinar, interessado, generalista e ao mesmo tempo especialista”, lista Marcelo Vieira, coordenador de desenvolvimento da célula SAP da Resource.


Outro item de atenção é o conhecimento dos aplicativos móveis disponíveis. “Perguntamos se o candidato a uma vaga na Resource usa Instagram, WhatsApp entre outros”, comenta Nascimento. Como a literatura no segmento é, em sua maioria, em inglês, ele afirma que a fluência na língua é vital para esse talento. Comunicação é habilidade que vale ouro. “A forma de falar e de se posicionar faz toda a diferença”, acredita Bruno Pina, responsável pela área de Pré-Vendas da Resource.


Danilo Bordini, gerente de Novas Tecnologias da Microsoft, acredita que o desenvolvedor nunca teve tantas oportunidades quanto agora. Ele diz que para atuar na área, é preciso conhecer os conceitos de usabilidade, confiabilidade e escalabilidade. “Com dedicação, é possível aprender. É necessário ter uma base, mas a lógica de programação é aplicada da mesma forma no mundo móvel”, sintetiza. Para ele, a questão agora é se preocupar com alguns detalhes que não existiam antes: tela menor, interface, layout, experiência do usuário, cloud etc. Ivan Mirisola, consultor sênior de Mobilidade na SAP Brasil, concorda que, hoje, o principal fator de sucesso de uma aplicação é o grau de maturidade da interface. “Essa fase é crítica para o desenvolvedor”, diz. 


Não só as oportunidades têm fisgado os profissionais, mas o salário também. Um desenvolvedor de soluções móveis pode receber de 3,5 mil reais até 10 mil reais, de acordo com profissionais do mercado. Vieira, da Resource, diz que em sua equipe há um funcionário que aos 23 anos ganha 10 mil reais. “Como há escassez, esses talentos vão custar 30% a 40% a mais para a empresa”, completa Nascimento.


Capacitação


Bordini aconselha que o desenvolvedor móvel participe de cursos e estabeleça uma rede de contatos para trocar ideias e tirar dúvidas. “Iniciamos uma série de treinamentos. O MSDN, por exemplo, tem o objetivo de criar uma comunidade para desenvolvimento de Windows 8, soluções web, nuvem ou mobilidade e troca de informações”, relata.


No MSDN, há um cardápio com uma série de materiais disponíveis em português para interessados no tema. Além de academias que oferecem certificados para os participantes e cursos online (leia mais no quadro da página 25).


A SAP também possui um centro de apoio e suporte aos desenvolvedores. “O SAP Community Network traz alguns benefícios para esse profissional. Ele pode, por exemplo, conhecer nossa plataforma móvel por 30 dias e realizar testes com ela”, afirma Fabian Valverde, gerente de Soluções de Mobilidade da SAP Brasil. Os treinamentos na área, prossegue, vão desde a administração da plataforma até a modificação de aplicações. (D.O.)


Para aprimorar a carreira

A indústria, em linha com a demanda, criou especializações para profissionais interessados em desenvolver soluções móveis. 

Veja alguns deles.


Microsoft

SAP




> Comunidade Brasileira de Sistemas de Informação
> Fundada em 13 de Outubro de 2011
> E-mail: comunidadebsi@gmail.com
Local: Manaus, Amazonas, Brasil.

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