domingo, 3 de setembro de 2017

Em Florianópolis: setor de TI fatura R$ 4,3 bilhões e emprega mais de 17 mil.

Em Florianópolis: setor de TI fatura R$ 4,3 bilhões e emprega mais de 17 mil.
Em Florianópolis: setor de TI fatura R$ 4,3 bilhões e emprega mais de 17 mil.
Um setor que emprega mais de 17 mil pessoas, fatura cerca de R$ 4,3 bilhões por ano e que apresenta os maiores índices de crescimento na comparação com outras regiões do país. Estes são alguns números que mostram o desenvolvimento do setor de tecnologia na Grande Florianópolis, que se consolidou nos últimos anos como a principal atividade econômica da região.

Segundo o estudo Acate Tech Report 2015, divulgado pela Acate (Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia) em conjunto com a Neoway, a Grande Florianópolis concentra 37% das 2.900 empresas de TI do Estado - à frente do Vale do Itajaí (28%) e do Norte catarinense (19%).

Na comparação com outros 12 polos nacionais, a capital catarinense foi a que mais se desenvolveu no setor de tecnologia em 2015: 6,9% de crescimento naquele ano, enquanto o Brasil andou de lado, com uma leve queda de 0,1%. Ao considerar o faturamento médio, o polo de Florianópolis é o terceiro maior do Brasil, com R$ 4,7 milhões por empresa. Nesse quesito, a capital catarinense perde apenas para os polos tecnológicos de Campinas (SP) e Rio de Janeiro.

Outro dado do Tech Report mostra como a sociedade local já respira tecnologia: a cada 100 mil habitantes, 2.900 atuam em empresas de TI, a maior densidade do país - Manaus, a segunda colocada, tem uma proporção de 2.000 trabalhadores no setor a cada 100 mil habitantes.

"Temos um forte e diferenciado ecossistema de inovação e nosso sonho grande é, num período de 10 a 15 anos, tornar o setor de tecnologia a maior indústria do estado", aponta Daniel Leipnitz, presidente da Acate.

O otimismo se deve não somente ao número de novas empresas que surgem e crescem, gerando empregos e atraindo talentos à Capital, mas também em função de um ecossistema de apoio a novos empreendedores. São programas de capacitação, aceleradoras, incubadoras, rede de investidores anjo e fundos de capital de risco que formam um ciclo completo de desenvolvimento para quem pensa em criar sua própria startup.

Centenas de empresas locais são resultado de programas de fomento e desenvolvimento, como o Sinapse da Inovação (gerido pela Fundação Certi), StartupSC (do Sebrae), além das incubadoras Celta, também ligada à Certi, e MIDI Tecnológico, gerida pela Acate. Recentemente, novas iniciativas surgiram na cidade, como aceleradoras de startups (há duas em operação na Capital, a Darwin Starter e a Inove Senior) e programas de inovação aberta, como o LinkLab, iniciativa da Acate e mantida por grandes empresas locais e nacionais (como Ambev, Marisol e Engie) para seleção e desenvolvimento de startups.

Para a Endeavor, ONG de fomento ao empreendedorismo que divulga anualmente um índice com as melhores cidades do país para criar novos negócios, Florianópolis se destaca especialmente nos pilares de capital humano e inovação, graças à grande oferta de profissionais bem qualificados. Nos últimos dois anos, a cidade ficou em segundo lugar no ranking - atrás de São Paulo - e chegou a ter a liderança, em 2014. 

“Florianópolis tem mais da metade de universitários formados em boas universidades. Além disso, conta com uma indústria de inovação muito forte, com fundos investindo nas empresas da cidade", disse Juliano Seabra, diretor geral da Endeavor, na época do lançamento do estudo. 

Articulação: chave para o desenvolvimento

O setor cresceu nas últimas três décadas em função de um trabalho articulado entre empreendedores locais, universidades (UFSC, Udesc) e entidades públicas e privadas, como Acate, Fundação CertiI, Fapesc, Recepeti, entre outras. Diferente do que aconteceu em outras cidades, que se beneficiaram da chegada de âncoras multinacionais (Microsoft, Oracle, IBM etc.), o polo de Florianópolis se estabeleceu basicamente a partir de empresas nascidas na região e que hoje vendem suas inovações - em geral, soluções corporativas (B2B) - para pequenas, médias e grandes empresas de todo o Brasil (especialmente São Paulo) e também para a América Latina, Estados Unidos, Europa e até mesmo a Ásia.

Muitas inovações desenvolvidas por mão de obra altamente especializada em Florianópolis vão parar nos laptops e smartphones de executivos, empreendedores e profissionais de áreas das mais distintas, como saúde, construção civil, energia elétrica, agronegócios, indústria metal-mecânica, governos e tribunais de justiça, marketing e vendas.

A área de marketing e vendas, por sinal, é um exemplo dessa Florianópolis tecnológica. Impulsionada pela Resultados Digitais, fundada em 2011 e que desenvolveu uma plataforma líder nacional em automação de marketing, diversas outras empresas foram surgindo com soluções voltadas para este mercado, como Exact Sales e Contentools, entre outras. E o crescimento do setor de TI também estimula o turismo de negócios: cerca de 9.000 pessoas são esperadas em dois eventos que serão realizados na Capital em setembro e outubro - o AgileExperience, organizado pela Involves, e o RD Summit, da Resultados Digitais, respectivamente. Como definiu Seabra, da Endeavor: "as coisas estão acontecendo na capital catarinense”.





> Comunidade Brasileira de Sistemas de Informação
> Fundada em 13 de Outubro de 2011
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