domingo, 13 de novembro de 2016

Em 10 anos, Brasil pode perder R$ 676 bilhões em TIC's e ficar para trás no mundo digital.

Em 10 anos, Brasil pode perder R$ 676 bilhões em TIC's e ficar para trás no mundo digital.
Em 10 anos, Brasil pode perder R$ 676 bilhões em TIC's e ficar para trás no mundo digital.
O Brasil vive um grande paradoxo na relação com meios digitais. Enquanto, por um lado, sua população é campeã mundial em horas gastas por dia na internet; por outro, falta transformar essa paixão nacional pela tecnologia em alavancas de negócio. É isso que observa a McKinsey.

A consultoria divulgou um relatório interessante tratando justamente dos estágios de penetração do país nessa nova economia. Segundo a companhia, as contradições podem custar à economia brasileira US$ 205 bilhões em oportunidades perdidas até 2025.

Os ganhos viriam na forma de melhoria nas dinâmicas do mercado de trabalho, na eficiência no uso de ativos e na produtividade em geral, e isso sem levar em consideração os benefícios do aumento na atividade dos consumidores.

Segundo a McKinsey, a melhoria na eficiência do mercado de trabalho poderia contribuir com a adição de US$ 70 bilhões até 2025.

A maior digitalização do país também permitiria o aumento no uso de ferramentas para gestão de máquinas e ferramentas, reduzindo custos de manutenção e aumentando a vida útil desses equipamentos. No total, isso poderia acrescentar até US$ 25 bilhões ao PIB nos próximos dez anos.

De acordo com a consultoria, o ganho potencial com Pesquisa e Desenvolvimento, melhorias nas operações e cadeias de suprimento das empresas e na gestão de recursos do país poderiam atingir US$ 110 bilhões, o equivalente a uma alta de 4,5% no PIB.

Hoje, porém, o PIB digital brasileiro representa apenas 1,7% do total, menos da metade da média global e quase quatro vezes menos que o do Reino Unido, onde 6,7% do PIB tem origem em atividades digitais.

Apesar do tempo gasto online por brasileiros, de sua intensa participação em redes sociais e de sua facilidade com novas ferramentas digitais, esse potencial não é capturado. A falta de infraestrutura e a concentração da atividade econômica em setores em que a digitalização é baixa são os principais fatores que alimentam o paradoxo digital do país.

Onde mora o perigo

Na opinião da McKinsey, o gargalo na infraestrutura de telecomunicações no País é cada vez pior. Enquanto os Estados Unidos investem anualmente cerca de US$ 2,8 mil per capita nessa área, o gasto brasileiro é de apenas US$ 300 per capita – e isso sobre uma base instalada muito limitada.

Entre 2012 e 2015, houve aumento no tráfego digital no Brasil, enquanto a disponibilidade de infraestrutura caiu – isso ocorreu em apenas 11 países, incluindo o Brasil, em 136 nações, segundo dados do Fórum Econômico Mundial analisados pela consultoria.

O Brasil captura apenas 4% de seu potencial digital, mostram dados da consultoria, enquanto nos EUA, essa proporção é de 18% e, em alguns países europeus, chega a 17%.

Segundo a McKinsey, o Brasil teria que ir além de apenas recuperar o tempo perdido, mas acelerar o ritmo de sua digitalização para capturar as oportunidades que ela proporciona. Do contrário, o País perderia relevância econômica e potencial de crescimento em relação a outras nações





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> Fundada em 13 de Outubro de 2011
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