sábado, 26 de novembro de 2016

Egressos de Gestão de TI criam app para amiga com paralisia cerebral se comunicar.

Egressos de Gestão de TI criam app para amiga com paralisia cerebral se comunicar.
Egressos de Gestão de TI criam app para amiga com paralisia cerebral se comunicar.
Com o objetivo de proporcionar uma comunicação mais simples e rápida para a amiga com paralisia cerebral, os ex-estudantes do curso de Gestão da Tecnologia da Informação da Fatec de Tatuí (SP), Tiago Antônio da Cruz, José Felipe Brito Vieira e Tiago Aparecido de Souza, desenvolveram um aplicativo para tablet que ajuda a jovem Marina de Oliveira, de 22 anos, a se comunicar. Chamado de “App Marina”, o software apresenta frases prontas e pensadas em atividades do dia-dia da estudante. Assim que clicadas pela jovem, elas emitem som.

De acordo com o grupo, o aplicativo foi desenvolvido durante o Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado por eles em 2015. A ideia veio da professora orientadora , Patrícia Glaucia Moreno, que observou a dificuldade para se comunicar com a aluna de gestão empresarial. Antes do aplicativo, a jovem apontava palavras escritas em uma pasta com várias páginas e demorava para poder formar uma frase.

“Eu tinha dificuldade para me comunicar e entender adequadamente [a Marina] por causa da pasta. Levei o problema para os tecnólogos em gestão da tecnologia da informação. Eles idealizaram, projetaram e implantaram. A criação surgiu da ideia de transformar a pasta em um aplicativo”, explica a professora Patrícia.

Segundo a professora de Marina, Adriane Rumin, a comunicação da jovem era muito complicada. "Ela não podia levar a pasta em todos os lugares e até ela montar uma frase ficava muito difícil", conta.

Com a criação, a comunicação com Marina foi simplificada. Se anteriormente a aluna tinha que procurar as palavras na pasta, por meio do software basta que ela clique nas frases prontas apresentadas na tela.

De acordo com o estudante José Felipe, compreender o que a colega precisava foi o maior desafio para criar o aplicativo. “A principal dificuldade foi entender a necessidade da Marina, pois a partir daí colocamos a ideia primeiramente no papel para depois passar para o aplicativo”, comenta.

Importância da inovação

O pai de Marina, Volney Mattos de Oliveira, ressalta que a criação do projeto contribuiu para a melhora na vida da filha em todos os aspectos. “Quando chegava uma pessoa estranha, ela questionava como fazia para cumprimentar. Então, o desenvolvimento desse software foi muito importante. Ela também se comunica com o namorado, manda os recados e isso facilitou muito”, conclui.

Prêmio

Em disputa com outros 210 projetos na categoria Informática e Ciência da Computação durante a 10ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula de Souza (Feteps), realizada em outubro deste ano, o aplicativo foi premiado. A vitória surpreendeu os criadores. “Eu não sabia o que fazer na hora. Eu comecei a pular e gritar: ‘Professora, é nós’”, relata Viera.

Após a premiação, os tecnólogos recém-formados pretendem ampliar as funções do software com a inclusão de GPS e a possibilidade de criar e editar frases, além de expandir o uso para outras pessoas. Para isso, o trio trabalha na atualização do programa. “Estamos desenvolvendo a segunda versão do software. No caso, a segunda terá muito mais recurso que a primeira para desenvolver essa vantagem da inclusão social”, afirma Souza.





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