sábado, 29 de outubro de 2016

Cracker que vivia uma vida de luxo no Brasil, é preso pela Polícia Federal.

Cracker que vivia uma vida de luxo no Brasil, é preso pela Polícia Federal.
Cracker que vivia uma vida de luxo no Brasil, é preso pela Polícia Federal.
O cracker norte-americano Michael Knighten, preso por crimes cibernéticos na quinta-feira (27) em Blumenau, no Vale do Itajaí, vivia uma vida de luxo, conforme a Polícia Federal (PF) de Itajaí. Ele morava há pelo menos um ano em um apartamento de alto padrão em Blumenau, teve um carro de R$ 500 mil apreendido, assim como uma motocicleta de alto valor. "Foi encontrado muito dinheiro em espécie com ele no apartamento onde morava. A investigação também cobre como ele fazia para sustentar essa vida", disse o delegado Alexandre Braga. No dia da prisão, além de R$ 500 mil, também foram encontradas drogas e documentos falsos. Segundo o delegado, foi solicitado o bloqueio de bens e contas bancárias que estejam em nome de Michael Sabatine, identidade falsa que ele utilizava no país. Ainda conforme Braga, as contas em nome da mulher do suspeito, uma brasileira, também tiveram o bloqueio solicitado.

A brasileira, no entanto, não é alvo direto da investigação. "Ela provavelmente vai responder pelo que chamado de 'cegueira deliberada', uma pessoa que usufrui da vida de luxo, das riquezas, mas prefere não saber qual era a origem", disse o delegado. Conforme a PF, apesar de o cracker ter desviado ao menos R$ 6 milhões de empresas dentro e fora dos Estados Unidos, a abrangência da riqueza que acumulou ainda não foi dimensionada. "Sabemos que muitas das negociações são com moeda virtual, que não fazem parte das do mundo real. Talvez não seja possível quantificar o valor total desviado", complementou Braga.

Oficialmente, o homem estava desde 2003 fora dos Estados Unidos, quando foi expedido o mandado de prisão. O delegado informou que ainda não é possível precisar desde quando ele mora no Brasil ou se viajou por países do Mercosul enquanto esteve em Blumenau, já que utilizou documentos falsos. "A prisão em flagrante se deu pelo uso de documento falso. Deste inquérito também serão investigados diversos outros pontos, por exemplo, o papel utilizado pelo documento de identificação, que parecia real. Quem expediu também deve responder", disse Braga.

Extradição

O homem segue preso na sede da Polícia Federal em Itajaí. Segundo ele, pelo crime de uso de documento falso ele deve permanecer pelo menos dois meses detido. "Esse tempo deve ser o prazo em que deve tramitar o pedido de extradição dele para os Estados Unidos, que foram informados sobre a prisão assim que realizada", disse o delegado Braga. Conforme o delegado, com isso, tramitam um inquéritos paralelos, dos crimes que cometeu no Brasil e daqueles investigados pela Interpol.

Investigação

Os investigadores comprovaram a real identidade dele após a coleta de um copo de vidro usado pelo americano enquanto se exercitava em uma academia. Papiloscopistas da PF compararam as digitais deixadas no copo com aquelas disponibilizadas pela Interpol em Washington. O cracker é acusado de fraudar corporações em vários países. Segundo a PF, o crime praticado pelo cracker é chamado de BEC, sigla em inglês para  Comprometimento de E-mail Empresarial. Em nota, a PF informou que "esse tipo de delito constitui um sofisticado esquema, que tem como alvos empresas que trabalham com parceiros estrangeiros e fazem pagamentos transferindo dinheiro regularmente". Segundo a Polícia Federal, esse tipo de crime já causou prejuízo de US$ 2,3 bilhões em cerca de 12 mil empresas em todo o mundo.





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