Intel defende inclusão das mulheres em TI como caminho do desenvolvimento. |
“É essencial ampliar o acesso das mulheres ao segmento de tecnologia da informação”, enfatiza Rosangela Melatto, gerente de responsabilidade social da Intel para a América Latina. A executiva escreveu um artigo reforçando a presença feminina no setor de TI.
No texto, ela reforça que organizações com maior participação feminina em seus grupos gerenciais registram um retorno do investimento acima de 34%, maior do que aquelas empresas sem a participação feminina.
A proporção de homens e mulheres no mercado de trabalho ainda é desigual. Em 2013, a relação entre a população total de homens e a quantidade deles com empregos ficou em 72%, enquanto que esta população entre as mulheres foi de 47%.
Rosangela cita uma estimativa que aponta que, em todo o mundo, as mulheres poderiam aumentar sua renda em até 76% se superassem a brecha na participação no emprego formal e a diferença salarial entre homens e mulheres.
“A pobreza e aspectos jurídicos, institucionais, políticos e culturais fazem com que muitas mulheres e meninas em todo o mundo não tenham acesso à educação”, lista a gerente.
Quanto mais conhecimento é adquirido pelas mulheres, maior será a possibilidade de que elas se convertam em uma força motriz da inovação e do desenvolvimento econômico, e que possam transformar seu próprio mundo e criar um futuro melhor para as pessoas ao seu redor.
Na América Latina, os desafios e riscos que elas enfrentam hoje são numerosos: por exemplo, algumas delas encontram-se em situações precárias, sem perspectivas positivas para o futuro e sem desenvolvimento pessoal ou profissional.
“Apesar das estatísticas, ainda existem números pouco favoráveis para as mulheres, pois uma em cada quatro meninas dos países em desenvolvimento não frequenta a escola e elas ainda são minoria no que diz respeito ao uso da Internet”, ilustra.
A executiva ressalta que esta desigualdade também é palpável no segmento tecnológico, no qual existem menos mulheres já que elas são muito pouco incentivadas a se desenvolverem em um segmento que tradicionalmente tem sido dominado por homens.
Por esta razão, é necessário realizar ações concretas que ajudem as jovens mulheres a começarem cedo a sua preparação para uma carreira profissional em tecnologia e garantir sua inclusão no segmento.