domingo, 14 de junho de 2015

O lado perigoso do uso exagerado da tecnologia "estamos menos produtivos e menos funcionais”.

O lado perigoso do uso exagerado da tecnologia "estamos menos produtivos e menos funcionais”.
O lado perigoso do uso exagerado da tecnologia "estamos menos produtivos e menos funcionais”.
A tecnologia moderna já faz parte da sociedade há alguns anos, trazendo inúmeros benefícios para todos. Mas o uso em excesso e em longo prazo também podem causar efeitos colaterais, ao passo que as pessoas vão se adaptando às novidades. 

E quem mais se prejudica com essas mudanças e excessos de informação são, principalmente, as crianças. Segundo Fábio Cardoso, médico especialista em medicina preventiva e mestre em clínica médica, a sociedade está caminhando para “um mundo menos humano”.

A OMS (Organização Mundial da Saúde), por exemplo, pede que os mais novos fiquem expostos à tecnologia, focado no lazer, por duas horas, no máximo. Cardoso, porém, revela que não é isso o que acontece na prática, já que elas passam de 4 a 5 horas ou mais.

Tecnologia é legal, mas tem que ter limite. A criança deve se relacionar com amigos e familiares no ‘mundo real’. O certo é ter o melhor dos dois mundos”, disse Cardoso.

E esse “exagero” no uso da tecnológica está causando diversos efeitos colaterais. Além da falta de atenção e a baixa produtividade na escola, o especialista conta que crianças com até 14 anos estão com dificuldades para identificar a reação das outras pessoas, quando estão tristes, felizes ou aborrecidos, por exemplo. “Isso acontece porque elas não têm mais contato com as pessoas na hora de lazer. É preocupante. Atualmente, os valores estão invertidos, pois as crianças passam mais tempo na companhia dos tablets, TVs, etc”.

Outro dado que o especialista revelou, de uma pesquisa feita pela Microsoft, mostra que crianças e jovens de até 21 anos passam milhares de horas por semana brincando com jogos eletrônicos - entre 10 e 21 anos são, em média, 10 mil horas de jogos. “É o tempo que levamos para criar um atleta olímpico. E o problema para esse grupo é a falta de memória, principalmente depois de muito tempo praticando. As pessoas podem jogar, o segredo é fugir do excesso”.

Adultos também passam dos limites

A tecnologia moderna não afeta só os mais novos, mas também os adultos que passam horas em frente ao computador, celular ou tablet. “Em termos de horas, três por dia já seria nível superior em nível de normalidade. Mas esse número não é certeza absoluta porque depende de pessoa para pessoa. O ideal é se auto avaliar e perceber quando está em excesso”, explicou o especialista.

Para saber se você está exagerando, basta reparar como está sua memória, pois caso esteja ocorrendo lapsos de memória em excesso, é hora de maneirar nas tecnologias, segundo Cardoso.

Largando o “vício”

A dica de Cardoso é que a pessoa faça intervalos maiores para verificar as redes sociais, pois isso vai causando ansiedade e estresse. Além disso, evitando esse contato a todo instante, a pessoa se concentra mais nas atividades e se torna mais produtivo.

Outro fator importante é evitar deixar celular ou tablet do seu lado na hora de dormir. “A qualidade e o tempo de sono é comprometida. Desligue os aparelhos eletrônicos antes de dormir”.

Também equilibre a vida tecnológica fazendo atividades físicas, tendo contato físico e presencial e relacionando-se com os familiares e amigos reais. “Não adiantar nada ter cinco mil amigos nas redes sociais”, alertou o médico, que ressalta a importância do equilíbrio, com atividades físicas, contato físico e presencial, além de um relacionamento com familiares e amigos reais.

Tempo de concentração

Uma pesquisa realizada pela Microsoft com 200 pessoas e exames a 112 voluntários constitui em fazer perguntas e solicitar respostas às pessoas que estavam jogando jogos para medir o tempo de atenção de cada um.

Os resultados foram preocupantes. Os pesquisadores descobriram que a concentração média para os entrevistados e voluntários foi de apenas oito segundos, abaixo de doze segundos em relação ao detectado há quase 15 anos atrás, quando o mesmo teste foi realizado em 1999 e 2000.

Ao mesmo tempo em que os entrevistados conseguiram fazer mais tarefas ao mesmo tempo, eles também tiveram mais dificuldades para focar em situações.

Uma das conclusões sugere que os cérebros estão se adaptando à nova tecnologia. Se por um lado ele se desenvolve conforme a demanda do novo tempo, o fato de estarmos nos tornando cada vez mais seletivos – só prestamos atenção naquilo que nos interessa, e não obrigatoriamente naquilo que devemos – pode ser um efeito colateral perigoso, e ainda pouco compreendido. “Estamos menos produtivos e menos funcionais”, alertou o especialista em medicina preventiva.

Fonte: Portal da Band.




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