sexta-feira, 10 de março de 2017

Mulheres não devem sentir medo, diz pioneira do setor de tecnologia no Brasil.

Mulheres não devem sentir medo, diz pioneira do setor de tecnologia no Brasil.
Mulheres não devem sentir medo, diz pioneira do setor de tecnologia no Brasil.

Revista PEGN - As  mulheres ainda são minoria no mercado de tecnologia da informação. Apenas 20% das vagas do setor no Brasil são ocupadas por mulheres. A informação é da edição de 2016 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Se ainda não há uma igualdade de gênero na ocupação dos postos de trabalho do setor, o desequilíbrio era ainda maior na época em que a gaúcha Lurdes Manosso, de 59 anos, começou a empreender. Ela comanda, desde 1981, a NL Informática, que oferece software de gestão para empresas.

Não há pesquisas sobre o porcentual de mulheres nas empresas do segmento na época em que Lurdes começou a trabalhar. “O próprio setor de TI estava nascendo. Em Caxias do Sul, onde começamos a empreender, havia pouquíssimas empresas neste mercado na época. Era tudo muito novo”, diz ela.

Lurdes nasceu em uma família simples da zona rural de São Marcos, cidade próxima a Caxias. Seus pais, apesar de não terem estudado, sempre fizeram o possível para que ela e seus seis irmãos frequentassem a escola. “Minha mãe dizia que a educação era a única saída para sairmos da pobreza”, afirma a empreendedora.

Ao terminar o ensino médio, Lurdes não sabia que curso superior deveria escolher. Como critério de seleção, decidiu focar em cursos tecnológicos, de duração menor. “Pensei que, caso não gostasse da carreira, poderia mudar de ideia ainda jovem”, diz. Por fim, inscreveu-se no curso de processamento de dados, na Unisinos. 

Em 1981, abriu o próprio negócio. Na época, a empresa se chamava ADS. Em 1985, Lurdes se associou a Nelço Tesser, outro empreendedor de TI. Juntos, criaram a NL Informática.

A NL Informática cria programas de gestão que servem para empresas dos mais variados segmentos. A empresa também modifica os produtos de acordo com a necessidade do cliente. Além disso, também presta serviços de consultoria, a fim de orientar sua base de usuários a usar o software da melhor forma possível.

Sem medo

Em sua carreira, Lurdes relembra apenas um momento em que sofreu preconceito por ser mulher. “Em uma reunião, o cliente pediu para que meu sócio fosse comigo, pois o presidente da empresa estaria presente”, diz.

No entanto, exceto por este caso, a predominância masculina no mercado da tecnologia não era um problema para a empreendedora. “Acredito que sempre tive autoconfiança e provei que poderia oferecer meus serviços com excelência. É essencial não ter medo de empreender e nem de arriscar.”

Lurdes afirma que, na NL, ninguém é prejudicado simplesmente por ser homem ou mulher. “Não temos essa distinção. Se o profissional for competente, independentemente do genêro, irá longe. Sabemos que a realidade não é essa no país, mas trabalhamos pela igualdade de gênero na nossa empresa”, diz a gaúcha.

A NL Informática não revela seu faturamento, mas afirma que tem uma carteira de cerca de 25 mil usuários, emprega 100 funcionários e que, apesar da crise econômica, fechou o ano passado no azul.




> Comunidade Brasileira de Sistemas de Informação
> Fundada em 13 de Outubro de 2011
> E-mail: comunidadebsi@gmail.com
Local: Manaus, Amazonas, Brasil.

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